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A Justiça eleitoral
aprovou a criação de novos partidos políticos. Legendas que poderão lançar
candidatos para disputar as eleições em 2014 e inclusive irão receber dinheiro
do fundo partidário. Agora o Brasil possui 32 partidos, país com maior número
de agremiações partidárias do mundo. Até 05 de outubro, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) fará mais cinco sessões para decidir se algum partido será
criado. A “Rede Sustentabilidade”, partido criado pela ex-senadora Marina
Silva, necessita de no mínimo 492 mil assinaturas para ser aparvado e continuar
sonhando com as eleições do ano que vem.
Na
década de 1980, existiam oito partidos. Em 1990, esse número triplicou. Hoje
são oito a mais. O TSE estabeleceu em 2007, a fidelidade partidária, a criação
de novos partidos passou a ser a solução para quem queria trocar de legenda sem
perder o mandato.
No fim do Século XVIII durante o processo revolucionário francês, surgiram às
expressões ”direita” e “esquerda”. Naquela época, o governo francês estava
atolado em dívidas que atingiam a sustentação econômica da população. Mediante essa situação, a chamada Assembleia
Nacional Constituinte ganhou força política e colocou em pauta os problemas que
a nação estava enfrentando.
Durante
essas reuniões, as tendências políticas da Assembleia Nacional se viam
espacialmente distribuídas. No lado direito do plenário, os integrantes do
funcionalismo real, os nobres proprietários de terra, os burgueses enriquecidos
e alguns clérigos recusavam qualquer tipo de reforma que atingisse seus antigos
privilégios. Na ala esquerda, os membros da pequena e média burguesia e demais simpatizantes
buscavam uma grande reforma que aplacasse a grave crise nacional.
Hoje
no Brasil, os termos “direita” e “esquerda” nem sempre consegue definir a
natureza mais ampla de um contexto político, pois estão devidamente nos mesmo
lugar. Ideologias foram deixadas de lado e os interesses políticos assumiram a
maior prioridade. Trinta e duas legendas partidárias, que se quer valorizam
seus princípios, partidos de extrema esquerda como o PT se uniu com um partido
de centro direita PMDB sem qualquer problema. Ditadura e Liberalismo se
juntaram "com o intuito de fazer um Brasil melhor”. Parceria que deu
certo, a “esquerda” assume a liderança e a “direita” rege “a Casa”, lugar que
nunca saiu de seus domínios. Engano para os que pensam que os trabalhadores iram
chegar a frente do país.
Todo
partido tem direito a dinheiro público, do fundo partidário. O que recebeu
menos em 2012 ficou com R$ 200 mil. Também tem garantido tempo no rádio e na TV
para propaganda eleitoral. Mais um motivo para exaltar os interesses, partidos
de menores expressões vendem-se para os maiores. Já que era para se vender,
porque a legenda foi criada?
Não
tem como fazer democracia com um número excessivo de “siglas” partidárias, os
políticos do país vivem uma verdadeira dança de partido em partido, na busca de
verem seus desejos atendidos e se esquecem da nação que os elegeu. Os
interesses tendem a aumenta, as ideologias se confundem ainda mais e
brasileiros serão obrigados aceitar uma ”sopa de letrinhas”. Partidos de
“direita” e “esquerda”, em um mesmo grupo juntos para “mudar o Brasil”. Melhor
seria se como nos Estados Unidos, dois partidos dominassem nosso país, aí
saberíamos quem é quem, na construção do Estado Democrático de Direito.
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